Mula sem cabeça, Cuca, saci. Quem nunca teve medo deles? Quando a infância passa, percebemos que são só histórias, mas que continuamos a contar para nossos filhos, netos. E assim, a tradição continua. 22 de agosto é dia de comemorar o Folclore. E uma dessas manifestações está em Taubaté.
Na oficina da ‘Casa do Figureiro’ há sempre um artista com a mão na argila. E pronto para mostrar o trabalho para quem está de passagem. Centenas de peças estão à venda. Mas, sempre com a mesma marca registrada: o Pavão, símbolo do Folclore de Taubaté.
A figureira Josiane Sampaio é a terceira geração que se dedica a essa arte. “Eu aprendi com a minha avó, já ensino minhas filhas, minhas filhas também já trabalham com a argila e virou uma paixão mesmo, a gente faz de coração”, disse.
O Folclore também foi homenageado no Sítio do Pica Pau Amarelo com as deliciosas brincadeiras de antigamente. A criançada se divertiu pulando corda com a Dona Benta e a Tia Anastácia. E na amarelinha com a Emília e a Narizinho.
E alguns mitos do Folclore são velhos conhecidos da história de Monteiro Lobato. “Até mesmo aqui no sítio o pessoal pergunta muito do Saci e da Cuca, que na verdade, não são personagens de Monteiro Lobato, são personagens folclóricos. O Saci só aparece quando venta e faz a maior bagunça. E a Cuca, às vezes, vem aqui. Mas, quando ela chega, a gente já sabe, porque ela é fedida, não toma banho. Aí, a mula sem cabeça, lobisomem, é a noite só. A gente fica lá dentro, escondidinho”, disse a boneca de pano mais famosa do Brasil.
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